Dados indicam que cerca de 50% e 12% do Cerrado e Pantanal, respectivamente, encontram-se em estado de degradação, motivado, principalmente, por práticas econômicas não-sustentáveis. Muitas espécies vegetais nativas assim como inúmeros microrganismos apresentam potencial para utilização na indústria de alimentos, cosméticos, farmacêutica, de defensivos agropecuários, alimentícia e de biocombustíveis. Todavia, espécies nativas estão sendo extintas ou estão em risco de extinção devido à forte ação antrópica antes mesmo que suas características e potencialidades sejam plenamente conhecidas pela Ciência.
Nesse contexto, assume relevância a REDE AGROECOLOGIA CENTRO-OESTE, capaz de acelerar o processo de geração de conhecimentos, tecnologias, inovações, produtos e serviços que viabilizem um salto qualitativo e competitivo na agregação de valor aos recursos naturais do Cerrado.
Os sistemas orgânicos e de base agroecológica contribuem positivamente para o equacionamento da agenda ambiental global (produção & conservação), para o alivio à pobreza e para a garantia da segurança alimentar. A promoção da agroecologia, da produção orgânica e de alimentos saudáveis tem relação importante com a política de segurança alimentar e nutricional do país.
As últimas Conferências de Segurança Alimentar e as plenárias do CONSEA –Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, apontam a necessidade do país estimular a produção agroecológica e promover uma alimentação saudável. O CONSEA juntamente com o CONDRAF (Conselho Nacional Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar), o Conselho Nacional da Juventude, entre outros movimentos e organizações, vem indicando que a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica é oportuna para a inclusão produtiva, para a valorização do jovem e da mulher e para a promoção da segurança e soberania alimentar.